Indústria 4.0 e eficiência energética: impacto e diretrizes no modelo industrial
A indústria 4.0, também chamada de 4.ª Revolução Industrial, é um fenômeno que tem mudado, em grande escala, a forma como produzimos e até os modelos de negócio.
Termos como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, robótica e computação em nuvem já fazem parte do dia a dia de muitas indústrias. Com essas tecnologias, é possível aumentar a produção e ter mais eficiência no uso de recursos, produzindo mais, com qualidade elevada e custos menores.
É claro que, para tudo isso funcionar, a energia é indispensável. E, mais do que nunca, a eficiência energética se tornou imperativa. Quer entender melhor o tema? Siga conosco!
O que é indústria 4.0?
A indústria 4.0 busca promover a digitalização das atividades industriais para melhorar os processos e aumentar a produtividade.
Para isso, são usadas diferentes tecnologias de automação industrial e integração de plantas:
- inteligência artificial, incluindo aprendizado de máquina, para interpretar eventos, analisar tendências e comportamentos de sistemas, apoiar e automatizar decisões e ações;
- computação em nuvem com o uso de memória, capacidade de armazenamento e cálculo de computadores e servidores hospedados em Datacenter, acessando esses dados remotamente;
- big data, grandes volumes de dados que precisam ser processados por softwares específicos, criando uma base de informações valiosas para a tomada de decisão, análise de tendências, entre outros;
- internet das coisas, promove a interconexão entre objetos, com capacidade de computação distribuída e organizada em redes, que passam a se comunicar e interagir, podendo ser monitorados ou controlados de forma remota;
- robótica avançada, com dispositivos que agem total ou parcialmente de forma autônoma e são capazes de modificar seu comportamento baseado em dados de sensores.
Como está a indústria 4.0 no Brasil?
De acordo com o estudo da Confederação Nacional da Indústria¹, no Brasil, 7 em cada 10 empresas fazem uso de, pelo menos, uma tecnologia digital.
A pesquisa considerou 18 tipos de tecnologias digitais, como automação (com ou sem o uso de sensores), impressão 3D, sistemas integrados para a fabricação de produtos, produção com o auxílio de inteligência artificial e análises virtuais para projetos.
Embora o número de empresas usando tecnologias digitais tenha aumentado nos últimos anos, o número de tecnologias ainda é baixo, assim como a diversidade delas.
A pesquisa demonstrou que as tecnologias com foco em melhorias no processo produtivo são as mais usadas e também as que mais sofreram incremento nos últimos 5 anos. Contudo, as tecnologias mais complexas, como inteligência artificial e machine learning (aprendizado de máquina) continuam sendo pouco usadas.
Em geral, quanto maior a organização, maior o uso das tecnologias digitais. 86% das grandes empresas usam pelo menos 1 das 18 tecnologias catalogadas. Enquanto esse número é de 64% para as médias e de apenas 42% nas pequenas.
Benefícios da indústria 4.0
Se você ainda não faz uso das tecnologias digitais porque não vê valor nelas, está na hora de repensar seus conceitos. A indústria 4.0 traz uma série de benefícios às empresas e à sociedade em geral. Entre os principais estão:
- aumento da produtividade e da eficiência industrial;
- uso racional dos recursos, permitindo a produção em larga escala com mais sustentabilidade;
- aumento dos ganhos financeiros;
- ganho de competitividade industrial.
Qual a importância da energia na indústria 4.0?
Como vimos, a indústria 4.0 trabalha com o uso de tecnologias digitais para automatizar e aprimorar os processos. Tudo isso, apesar de trazer uma série de vantagens, também aumenta a necessidade de energia pelas indústrias.
A busca por eficiência energética e por fontes de energia sustentáveis tem total relação com o conceito de indústria 4.0.
Afinal, é possível empregar a tecnologia para otimizar o consumo de energia e, até mesmo, para gerar energia sem tantos impactos ambientais.
Nesse sentido, a energia solar se torna uma grande aliada. Não só com a geração própria por meio de painéis fotovoltaicos, mas também com a compra de energia sustentável por meio de fazendas solares ou pelo Mercado Livre de Energia.
Essa é uma maneira de minimizar custos com eletricidade, ao mesmo tempo em que se reduz os impactos causados ao meio ambiente —fator importante para a indústria 4.0.
Indústria 4.0 e eficiência energética
A eficiência energética é outro ponto essencial para o desenvolvimento da indústria 4.0. Afinal, é imprescindível reduzir as perdas para tornar sua indústria mais eficiente e menos impactante.
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que 42% da energia consumida pelo setor é desperdiçada por problemas relacionados à iluminação insuficiente e à perda de calor.
Se técnicas de eficiência energética fossem mais comuns nas plantas das indústrias, certamente esse número seria muito menor.
Um bom projeto de eficiência energética, portanto, deve avaliar quais são os principais pontos de desperdício e como resolvê-los. Por exemplo:
- aumento da demanda sem planejamento;
- erros de dimensionamento e projeto;
- equipamentos com a vida-útil no final;
- falhas na instalação do sistema;
- excesso de consumo no utilizador;
- vazamento em geral das linhas;
- isolamento térmico das linhas;
- produção em vazio;
- manutenção insuficiente;
- falha na sintonia de controle;
- perdas indiretas, por exemplo por suportação e vibração;
- falhas de contrato.
Quando falamos em eficiência energética, contudo, não estamos falando apenas da análise das perdas.
É imprescindível um trabalho completo, ou seja: conscientizar as pessoas, realizar processos para identificação de perdas e implantar tecnologias sustentáveis e de digitalização, que aumentem a eficiência na geração e na gestão de utilidades.
Medidas importantes
Se você deseja levar a sua indústria à nova era de produção, é imprescindível rever também a forma como consome energia.
Algumas ações indispensáveis para aumentar a eficiência energética nas indústrias são:
- redimensionar e fazer o retrofit dos sistemas de utilidades antigos para novos equipamentos de alta eficiência;
- implementar automação nos sistemas, visando otimização do seu uso sem interferência humana;
- elaborar planos de manutenções corretivas nas linhas e de manutenções preventivas dos ativos;
- implantar sistemas de medição de entrada de carga e de aproveitamento energético da utilidade;
- implantar sistema de monitoramento de ativos (vibração, pressão, vazão, temperatura etc.);
- implantar melhorias no controle de geração de energia;
- analisar constantemente o aproveitamento térmico, luminoso e demais itens, pensando em melhores alternativas de energia;
- digitalizar o sistema de utilidades e implantar um sistema de Análise de Dados e de Prescrição de Dados.
Por que esses conceitos são importantes para minha indústria?
Estamos passando por uma era de transição, com a digitalização de inúmeras informações do nosso dia a dia. O modo de produzir das indústrias também tem acompanhado essas mudanças, especialmente com a Internet das Coisas e a inteligência artificial.
Com sensores inteligentes, é possível medir diferentes questões da sua indústria, aumentando a produção e reduzindo impactos ambientais.
A transição energética é uma realidade e, dentro de alguns anos, o modo como consumimos e produzimos energia vai mudar.
Adequar a sua indústria a essa nova realidade é indispensável — especialmente se você deseja continuar forte e competitivo dentro do seu setor. Muito em breve, será quase impossível manter a produção nos antigos moldes, pois ele se tornará caro e ineficiente.
Conhecer mais sobre eficiência energética e fontes sustentáveis de geração de energia é uma maneira de reduzir os custos da produção, aumentar a eficiência na indústria e torná-la mais competitiva.
A GreenYellow trabalha com diferentes serviços voltados ao uso mais racional e eficiente da energia, essencial na Indústria 4.0. Oferecemos tanto serviços de eficiência energética, como produção de energia sustentável, soluções digitais para gestão de faturas e migração para o Mercado Livre de Energia.
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