Mercado livre de energia: como funciona em 2024?

imagem Mercado livre de energia: como funciona em 2024?

A possibilidade de escolher fornecedores, negociar preços, prazos e condições de contrato está moldando um novo paradigma no setor elétrico do Brasil. E como funciona o Mercado Livre de Energia? Ele tem atraído um número cada vez maior de consumidores, principalmente depois da mudança nas regras de quem pode migrar para o ambiente livre de negociação em 2024.

Agora, todos os benefícios do Mercado Livre de Energia estão disponíveis para uma gama maior de empresas. Para saber se a sua organização pode ser uma das beneficiadas e como aproveitar essa oportunidade, continue a leitura.

Em nosso guia, vamos explicar tudo sobre como funciona o Mercado Livre de Energia e quais são as previsões para o ambiente livre de negociações em 2024. Confira e aproveite!

O que é Mercado Livre de Energia?

O Mercado Livre de Energia é um espaço de negociação de energia elétrica no qual os consumidores têm a liberdade de escolher seu fornecedor e negociar diretamente preço, prazo e forma de pagamento com geradoras ou comercializadoras.

Também conhecido como Ambiente de Contratação Livre (ACL), o Mercado Livre difere do modelo tradicional, o mercado cativo, por oferecer uma opção mais econômica e sustentável na aquisição de energia.

Diferenças entre Mercado Livre e Ambiente de Contratação Regulada (ACR)

No mercado cativo, também conhecido como Ambiente de Contratação Regulada (ACR), o fornecimento de energia elétrica é caracterizado por um ambiente no qual os consumidores não possuem a liberdade de negociar preços ou tarifas de contratação

Nesse modelo, as tarifas são estabelecidas e reguladas pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e aplicadas pelas distribuidoras de energia de cada região. Essas empresas têm a exclusividade na oferta de energia aos consumidores dentro de suas áreas de concessão.

Os consumidores do mercado regulado não detêm a opção de escolher seu fornecedor de energia, pois a energia é adquirida obrigatoriamente da distribuidora local. Isso implica que os preços e as condições contratuais são determinados por órgãos reguladores, e não há espaço para negociações individuais.

Já no Mercado Livre de Energia elétrica, as empresas têm a autonomia de escolher seus fornecedores de energia. Essa liberdade permite a negociação de preços, prazos, volume e condições contratuais diretamente com os fornecedores. 

Os consumidores livres também têm a flexibilidade de fazer uma transição energética e optar por fontes mais sustentáveis, como energia solar e eólica.

Como funciona o Mercado Livre de Energia?

O Mercado Livre opera permitindo que as empresas escolham quem vai fornecer a energia que elas precisam. Funciona assim: a empresa se cadastra como consumidora livre e depois procura por geradoras ou comercializadoras de energia. Ela negocia diretamente com essas empresas o preço, prazo, quantidade de energia e como vai pagar.

Essa negociação pode incluir até a escolha de fontes de energia, como solar ou eólica. Depois de acertar tudo, a empresa fecha um contrato com o fornecedor escolhido e passa a receber a energia de acordo com o combinado.

É uma alternativa mais flexível, porque dá liberdade para encontrar a melhor oferta e adaptar os termos do contrato às necessidades específicas da empresa. E isso também pode resultar em economia de custos e até em práticas sustentáveis no uso de energia.

Quem pode migrar para o Mercado Livre de Energia em 2024?

Qualquer unidade consumidora do Grupo A, que recebe energia em média e alta tensão, igual ou superior a 2,3 kV, pode migrar para o Mercado Livre. Isso se aplica a setores do comércio e da indústria que necessitam de alta voltagem.

Além disso, existe uma mudança significativa para os consumidores com demanda contratada inferior a 500 kW. Tradicionalmente, apenas clientes com demanda contratada acima de 500 kW podiam fazer a transição para o Mercado Livre.

No entanto, a Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME) definiu que a migração para o Mercado Livre de clientes com demanda abaixo de 500 kW deve ser feita exclusivamente por meio de uma comercializadora varejista.

Como funciona o Mercado Livre de Energia: empresa especialista em transição energética fala tudo sobre o assunto

O que é e qual o papel de uma comercializadora varejista?

A migração para o Mercado Livre de Energia não é um processo simples e exige a participação de diversos agentes para garantir uma transição eficiente e conforme as normativas do setor. Neste contexto, entra o papel das comercializadoras, tanto atacadistas quanto varejistas, que desempenham funções distintas na facilitação desse processo.

Comercializadora atacadista

Neste modelo, a empresa interessada em aderir ao Mercado Livre de Energia associa-se diretamente à CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, tornando-se um agente com responsabilidades específicas. Estas incluem a adequação comercial, a apresentação de garantias financeiras e a gestão de outras obrigações regulatórias.

Para empresas com capacidade e estrutura para gerir essas demandas, a opção de atuar como um agente atacadista pode ser vantajosa, permitindo um controle mais direto sobre suas transações de energia e maior autonomia nas negociações.

Comercializadora varejista

Por outro lado, as comercializadoras varejistas são fundamentais para empresas de menor porte ou para aquelas que preferemreduzir a complexidade e a burocracia inerente à migração para o Mercado Livre.

Neste modelo, a comercializadora varejista é a entidade responsável por representar o consumidor perante a CCEE, gerenciando todas as obrigações e procedimentos necessários.

Ao optar por uma comercializadora varejista, a empresa-cliente não precisa se associar diretamente à CCEE, o que simplifica muito o processo. Isso inclui a gestão de contratos, adequação às normativas do mercado e atendimento de requisitos técnicos e financeiros.

Logo, a comercializadora varejista age como um facilitador, permitindo que empresas com demanda abaixo de 500 kW tenham acesso aos benefícios do ACL sem a necessidade de desenvolverem expertise interna ou investir em estruturas dedicadas.

Além disso, a abordagem é particularmente benéfica para pequenas e médias empresas, que podem se beneficiar de preços mais competitivos e flexibilidade na escolha de fornecedores e fontes de energia, incluindo opções renováveis como energia solar e eólica.

Essa inclusão de consumidores de menor porte representa um passo importante para democratizar o acesso ao Mercado Livre de Energia. Com isso, um maior número de empresas de todos os tamanhos têm a possibilidade de negociar e obter energia de maneira mais vantajosa, tanto em termos de custos quanto em sustentabilidade.

Qual o papel da energia solar no Mercado Livre?

As negociações livres permitem que as empresas negociem diretamente com geradoras ou comercializadoras no Mercado Livre de energia solar. Isso significa que as organizações podem estabelecer contratos personalizados que atendam às suas demandas específicas, incluindo a compra de energia proveniente de fontes solares.

De acordo com um boletim recente da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), a energia solar é uma das fontes renováveis mais consumidas no Mercado Livre de Energia. 

Estima-se que 66% da energia solar produzida no Brasil seja vendida no Mercado Livre, superando a porcentagem de outras fontes renováveis que também são comercializadas na ACL, como a eólica (49%), biomassa (69%) e pequenas centrais hidrelétricas (61%).

Esses números mostram que empresas que buscam energia proveniente de fontes limpas e sustentáveis estão encontrando na energia solar uma opção viável no Mercado Livre.

Apesar disso, ainda existem desafios a serem enfrentados para sua expansão nesse ambiente em 2024. Por exemplo, é preciso tornar a energia solar acessível para as pequenas e médias empresas que buscam fontes renováveis. Essas empresas podem enfrentar barreiras financeiras e de conhecimento técnico para adotar essa fonte alternativa.

A transparência no mercado de energia solar também é importante para o desenvolvimento desse setor. É importante que as comercializadoras forneçam informações claras sobre a origem, os benefícios e a qualidade da energia solar aos consumidores.

Como a GreenYellow atua no Mercado Livre de Energia?

Como comercializadora especializada em energia solar, a GreenYellow se destaca no Mercado Livre de Energia por oferecer às empresas a oportunidade de adquirir energia elétrica originada de uma fonte limpa e renovável.

A GreenYellow é uma multinacional focada em transição energética, oferecendo, por exemplo, soluções de instalação de placas fotovoltaicas para que as empresas gerem sua própria energia a partir do sol, reduza a dependência da rede elétrica convencional e aumente sua eficiência energética.

Com a GreenYellow, as empresas que acabaram de migrar para o Mercado Livre e não possuem experiência nesse tipo de operação podem contar com um apoio integral

A equipe da GreenYellow assume não apenas a entrega de energia solar, mas também a gestão dos contratos e responsabilidades financeiras dos clientes junto à CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Isso significa que as empresas não precisam montar uma estrutura interna especialmente para realizar negociações, já que a GreenYellow assume essa responsabilidade, proporcionando uma transição suave do mercado cativo para o Mercado Livre.

Nossa equipe também garante o acesso a relatórios atualizados que permitem às empresas monitorar de perto seu consumo de energia.

Quer saber mais? Aproveite para ouvir o episódio 9 do nosso podcast GoGreen, da GreenYellow, contando tudo sobre o Mercado Livre de energia.

Qual é a previsão para o Mercado Livre em 2024?

As perspectivas para 2024 e para os próximos anos são otimistas, pois há uma expectativa de contínuo crescimento do Mercado Livre. Esse impulso é especialmente esperado considerando com a abertura parcial do Mercado para todos os consumidores do Grupo A. 

A inclusão desses consumidores, que representam as unidades consumidoras que recebem energia elétrica em média e alta tensão, sinaliza um avanço na democratização do acesso ao Mercado Livre de Energia.

De acordo com boletim divulgado pela Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), o Mercado Livre contabilizou um total de 36.776 unidades consumidoras em 2023. Esse número representou um aumento de 22% em relação à quantidade de consumidores registrados no ano anterior, em 2022. 

Essa taxa de crescimento indica uma tendência de ampliação do alcance e adesão ao Mercado Livre de Energia a partir do ano de 2024 em diante.

A abertura total do Mercado Livre para todos os consumidores, inclusive os residenciais do Grupo B, ainda está em fase de discussão. Seguindo a proposta da Portaria 690/2022, que está em Consulta Pública no MME, a previsão é que, a partir de 2026, os consumidores atendidos em baixa tensão, com exceção da Classe Residencial e Rural, possam migrar.

A mesma portaria sugere que, a partir de 2028, todos os consumidores, incluindo residenciais e rurais, possam ter a opção de escolher o ambiente livre de negociação.

Agora que você sabe como funciona o Mercado Livre de Energia e a nova regra de participação em 2024, comece a planejar o uso de fontes alternativas para reduzir custos e salvar o planeta. A atuação da GreenYellow como comercializadora de energia solar traz soluções acessíveis para empresas interessadas em adotar práticas mais conscientes e econômicas.

Que tal começar seu projeto? Aproveite para conhecer melhor as soluções da GreenYellow voltadas para o Mercado Livre. Acesse nosso site e entre em contato!

Posts relacionados

Case de sucesso de empresa sustentável: conta de energia em baixa na Rede Assaí

Case de sucesso: eficiência energética inteligente para o Grupo Casas Bahia

O papel das empresas na luta contra as mudanças climáticas

Eficiência Energética para Empresas de Alto Consumo

Telhado ou Carport Solar? Entenda as diferenças

Brasil pode avançar em estímulos à eficiência energética, avalia GreenYellow

GreenYellow: Uma Década Transformando a Energia no Brasil